quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

2007 em revista

Despedimo-nos deste blog, deixando aqui as tecnologias que 2007 trouxe:

Feliz ano novo e até à próxima!!! =)

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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PowerPoint

O power point é uma ferramenta muito utilizada para suporte de transmissão de Informação. No entanto como em qualquer tecnologia, tem as suas desvantagens, na medida em que os seus utilizadores acabam por se focar mais na forma e não tanto no conteúdo.
Actualmente, podemos encontrar este suporte em todo o lado e as opiniões acerca da sua eficacia divergem bastante.
Desta forma, Edward Tufte, professor de Ciência política, defende que o powerpoint estupidifica as pessoas, diminuindo a qualidade e credibilidade da informação. Por outro lado chama também a atenção para o facto do comunicador que utiliza este formato, muitas vezes, se perder na apresentação, prejudicando o conteúdo da mesma, assim como a audiência.
Tufte ressalva o facto das crianças serem cada vez mais induzidas a terem contacto com o computador e a sintetizar o conteúdo das suas apresentações em tópicos, em vez de aprenderem a redigir um relatório.
Finalmente, é importante referir que este também alerta para o perigo de o powerpoint deixar de ser um suporte e substituir o papel que o comunicador deveria ter, visto que a informação que este deveria transmitir está explicita nos slides. Quando isto ocorre, passam a ser necessários muitos slides, o que dificulta a percepção do contexto, assim como a relação entre conteúdos.
Por sua vez, o artigo da New York Times Magazine enumera vários exemplos acerca da pertinência do powerpoint, apresentando uma crítica suave ao mesmo. Clive Thompson dá exemplos de apresentações falhadas, como foi o caso da NASA, ao mesmo tempo que refere a crítica do Product Manager do powerpoint, a Tufte, quando este afirma que o powerpoint está a perder o papel de suporte, alegando que isto se trata de uma escolha de carácter pessoal e não de um facto concreto.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

David Weinberg


David Weinberg é um tecnólogo norte-americano que segue uma linha de pensamento Interactivista, visto que admite que as novas tecnologias, nomeadamente a web podem influenciar a nossa forma de pensar, mas não determinam totalmente o nosso comportamento.
Segundo o autor, através da Internet temos o poder de escolha; temos a possibilidade de comunicar através dos mails e a mesma proporciou-nos novas formas de interação, como é o exemplo das comunidades digitais.
Weinberg destingue dois mundos; o primeiro é o mundo real; em que convivemos apenas com as pessoas que nos são mais próximas e somos separados geograficamente das outras que se encontram mais distantes e o segundo é o mundo da web; em que as pessoas relacionam-se em função dos interesses que têm em comum. Por exemplo; várias pessoas que sejam fãs de uma serie podem-se relacionar online através de uma comunidade digital, onde colocam as suas opiniões, podendo estar em qualquer parte do mundo, já que hoje em dia vivemos numa sociedade em rede; segundo as palavras de Manuel Castells.
Hoje em dia, com a internet comunicamos virtualmente com pessoas de toda a parte do mundo com a mesma facilidade que falamos com o nosso vizinho do lado. A única limitação da comunicação pela web é o facto de não conhecermos tão bem o nosso amigo virtual como o real.
Manuel Castells, tal como David Weinberg, é um interactivista e defende que a tecnologia não determina a sociedade; nem a sociedade determina as evoluções tecnologicas, concluindo que o resultado final depende de uma interacção entre estas duas variantes.
Castells também defende que a existência do mundo virtual e real, afirmando que os laços criados online são mais fracos do que os criados numa interacção física.
As ideias de de Dominique Wolton contrastam com as de Weinberg e Castells, visto que é um construtivista e defende que é preciso haver coesão social mas ao mesmo tempo é preciso assegurar certas distâncias para tornar suportavél as diferenças. Porque quanto mais próximos estamos uns dos outros mais notamos a diferenças. Para este autor a sociedade é que determina a tecnologia e não o contrario.
Para finalizar, é importante referir Marshall McLuhan, que é um determinista tecnologico, ou seja, defende que são as tecnologias que transformam a sociedade. E tendo em conta uma das suas frases mais célebres, "We shape our tools and afterwards our tools shape us”, podemos verificar claramente o sua posição de que nós podemos criar as novas tecnologias mas no fim teremos que nos adapatar a essas mesmas tecnologias que criamos, logo somos condicionados pelas mesmas.
Na minha opinião, eu concordo com uma abordagem mais interactivista, porque a tecnologia não é a transformadora da sociedade, nem a sociedade determina completamente a tecnologia, mas sim um balanço entre ambos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Post The Final Cut


Na nossa opinião as tecnologias individuais são uma inevitabilidade no contexto da sociedade contemporânea. Lidamos diariamente com elas e fazem de tal forma parte da nossa vida, que nem nos apercebemos da forma como nos tornamos dependentes das mesmas.
Temos, então, o exemplo do telemóvel que, com o passar do tempo, se veio a tornar uma ferramenta indispensável no nosso dia-a-dia. Se para alguns é visto apenas como um meio de contacto com outras pessoas, para outros tornou-se de tal modo imprescindível, que as grandes empresas viram nele muitas outras potencialidades, como o acesso ao e-mail, depertador, agenda, jogos, câmara de vídeo e fotográfica, entre outros.
Por outro lado, há também o exemplo do Messenger, que tornou possível o contacto em tempo real com os outros, independentemente da sua localização geográfica e de estarmos isolados fisicamente.
No filme The Final Cut, o exemplo do impacto do papel das novas tecnologias no contexto da vida social é levado a um extremo, já que os implantes Zoe gravam todos os passos dos seus portadores, levando à extinção da privacidade. Todos os movimentos e emoções são gravados e é-nos inclusivamente mostrado o exemplo de implantes defeituosos que não conseguem fazer a distinção entre o que os olhos vêem e a mente percepciona.
Que resta então quando se verifica o fim da privacidade? No filme é-nos mostrado através da personagem de Alan, que a nossa nossa memória por vezes distorce a realidade, como foi o caso do acidente de Louis Hunt e da forma como Alan se lembrava dele. Assim, o acesso ao implante permitiu ver que Louis não tinha morrido quando caiu.
Outro exemplo é quando a personagem princial relembra momentos da sua infância, nomeadamente quando beijou Christy. Apesar deste acontecimento estar na sua memória, Alan reviveu-o ao o rever. Isto também ocorre no nosso dia-a-dia, uma vez que, por vezes, há acontecimentos dos quais já não nos lembramos e que relembramos através do contacto com outras pessoas ou recurso a fotos ou a vídeos.
Mas o filme também abordou um outro aspecto relativamente ao cepticismo daqueles que não vêem com bons olhos a evolução das tecnologias, como foi o caso dos que se manifestaram contra os implantes Zoe. Também na nossa sociedade verificamos a existência de pessoas que se tentam insurgir contra a entrada das novas tecnologias nas suas vidas. Porém, isto torna-se cada vez mais complicado, uma vez que estamos a entrar numa era digital, onde para nos mantermos informados e conscientes do mundo que nos rodeia, somos obrigado a utilizar as novas tecnologias. Por exemplo, para quem conhecia e utilizava o formato das cassetes, com o passar do tempo e a conversão deste formato em cds e mais tarde em mp3, é actualmente praticamente imposível adquirir um walkman.
Relativamente ao próprio formato da imprensa, verificamos que já quase todos os jornais se encontram disponíveis em edição online. Aliás, em Londres, por exemplo, começa-se a pôr a questão de até quando será possível deixar de adquirir o jornal em formato papel, já que as edições online permitem uma maior velocidade na divulgação e actualização das notícias.
Em Portugal, temos o exemplo do Diário da República, que só se encontra disponível para consulta online, o que obriga, por sua vez, quem o queira consultar a se adaptar às novas tecnologias. E é por ser neste sentido que caminha o futuro que já começamos a assistir ao surgimento de jornais em formato unicamente online, como é o caso do Diário Digital, Portugal Diário e Jornal Digital.
Estes formatos acabam, desta forma, por excluir as pessoas que se pretendam manter à margem das novas tecnologias.



Link: http://www.imdb.com/title/tt0364343/

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Comunidade virtual vs Blog

Os blogs e comunidades digitais são duas formas de interacção, em que os indivíduos não se relacionam num espaço físico mas sim virtual.


Noção de blog e comunidade virtual:

Apesar de não existir nenhuma definição universal para o conceito de Blog, este caracteriza-se por ser um registo cronologicamente organizado de forma inversa e frequentemente actualizado. Este registo poderá conter opiniões, emoções, factos, imagens ou qualquer outro tipo de conteúdo que o autor ou autores queiram disponibilizar.

Uma comunidade virtual caracteriza-se por ser um conjunto de pessoas com interesses em comum onde são estabelecidas relações num espaço virtual.



Distinção entre blog e comunidade virtual:

No que concerne à distinção entre blog e comunidade virtual, convém realçar que os blogs se dividem em dois tipos: os de carácter de pessoal (onde o autor expressa os seus pensamentos) e os de conteúdo (onde é expressa a opinião do autor relativamente a determinado assunto). Enquanto que numa comunidade virtual se verifica um tipo de comunicação de muitas para muitas pessoas, no blog tal não ocorre, já que se dá primazia à comunicação de um para muitos. Ou seja, um blog não permite que haja tanto espaço para a interacção. Podemos facilmente constatar este facto, visto que nem todos os blogs permitem a inserção de comentários.


Experiência:

Na nossa opinão, preferimos contruir a comunidade virtual, já que esta permitiu uma maior diversidade de escolha de conteúdos, tanto a nivel estético como multimédia. No entanto, consideramos que este desafio foi o mais complexo, uma vez que continha uma maior variedade de sectores a preencher. No blog estamos somente habituadas a fazer comentários aos assuntos debatidos nas aulas. Já a comunidade virtual foi uma experiência completamente diferente, na medida em que tivemos a possibilidade de escolher o tema que pretendíamos abordar e, como tal, tivemos uma maior facilidade no desenvolvimento dos conteúdos.
Por outro lado, como já tínhamos tido contacto com blogues e conhecíamos bem a sua forma de funcionamento, tornou-se mais interessante experienciar algo novo, como o foi a comunidade virtual.


Plano de desenvolvimento:

Se tivéssemos tido a possibilidade de desenvolver a comunidade por um período de tempo maior, provavelmente teríamos explorado todas as suas potencialidades, adicionando mais conteúdos, fosse ao nível de vídeos, imagens, textos, sondagens, notícias, novidades ou links.
Por outro lado, se a comunidade fosse permanente, teríamos igualmente publicado um calendário com a agenda de todos os eventos relacionados com o meio ambiente e o aquecimento global, fossem eles palestras, conferências, debates ou até concertos cujos lucros revertessem a favor desta nobre causa.



Site da comunidade virtual: www.communityzero.com/aquecimentoglobal

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Comentário ao texto de Steve Johnson "Tudo o que é mau faz bem"


O autor Steve Johnson recorre ao filme de Woddy Allen para explicitar o conceito "Curva de Sleeper" na nossa sociedade. Este conceito visa explicar a forma como a cultura de massas se tende a tornar cada vez mais evoluída, exigente e, consequentemente, mais sofisticada, fazendo que sejamos alvo de uma "lavagem ao cérebro positiva".
Isto é, da mesma forma que uma tarte de natas e caramelo poderá ter efeitos benéficos a nível nutricional, também os efeitos das novas tecnologias não terão de ser necessariamente negativos, contradizendo as teorias dos mais cépticos em relação ao futuro.
Uma outra ideia abordada no texto, é o facto de que "é preciso ter um barómetro novo". Esta metáfora diz respeito à necessidade de uma nova visão, consciência e postura relativamente às inovações tecnológicas, uma vez que a revolução cultural se opera dentro das nossas casas, quer seja a nivel de videojogos, quer a nivel de séries violentas.
Tendo em conta que as massas estão cada vez mais exigentes, convém ressaltar que, independentemente dos meios que usamos, o que importa é o resultado final. Ou seja, utilizando a máxima de McLuhan "o meio é a mensagem", também aqui Johnson defende a ideia de que a mensagem será condicionada pelos meios através da qual nos é dada a conhecer. Neste caso específico, e numa postura de quem defende que não importam os meios mas os fins, o autor refere a existência de forças contraditórias que poderão gerar efeitos positivos. Desta forma, relativamente ao novo tipo de raciocinio há que deixar de lado a ideia de que a vida é como nos filmes e não procurar lições de vida nos media e visiona-los unicamente numa perspectiva racional, de puro entertenimento.
Os videojogos podem ser encarados de forma positiva, na medida em que, estimulam a nossa mente tal como a actividade motora. Referido pelo autor no final do texto quando explicita que a maioria das pessoas não consegue percepcionar que a dificuldade exigida pelos jogos pode ser visto como um factor estimulante de desenvolvimento.
Finalmente, defendo a ideia de que tudo o que é novo é velho, Steve Johnson relembra que da mesma forma que as novas tecnologias poderão levar ao isolamento, também outrora os livros levaram a tal, acrescentando a ideia que enquanto que num livro somos conduzidos a um final da história pré-concebido (processo de submissão), o mesmo não acontece, por exemplo, num videojogo. No entanto, o autor não desvaloriza totalmente o papel do livro ao mencionar que "a palavra impressa é o veículo mais poderoso", motivo pelo qual ele o escolheu para transmitir as suas ideias.